Felipe Neto sofre ataque de pânico no Rock in Rio

Felippe Borges
2 min readSep 30, 2022

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Felipe Neto é o maior YouTuber do Brasil e um dos maiores do mundo.

Desde que o Rock in Rio começou, eu tenho procurado as gravações dos shows na Internet. O show do Coldplay neste sábado entrou para a história como um dos mais icônicos do festival. O do Guns n’ Roses, mais uma vez, decepcionou aqueles que esperavam um Axl Rose mais saudável. Críticas musicais à parte, uma notícia que vi nesta sexta foi a do UOL refletindo sobre o ataque de pânico do Felipe Neto alguns minutos antes do show do Green Day, nesta sexta-feira.

“Um dia espero conseguir lidar com a fama e ter bateria social para entrevistas, fotos e small talk sem atacar minha ansiedade. Infelizmente não consigo. Nasci pra ficar recluso”, afirmou.

Em primeiro lugar, lamento pelo que se passou com o Felipe Neto. O show do Green Day foi incrível. Em segundo lugar, eu acho excelente a postura transparente do Felipe em dizer aquilo que estava passando sem papas na língua. Era mais fácil ele dizer que estava com uma dor de barriga, que precisou resolver algum assunto de trabalho ou mesmo não dizer nada.

Hoje, talvez o maior problema que temos em relação aos transtornos mentais é o estigma. É por isso que campanhas como o setembro amarelo ou a expansão da psicologia no imaginário popular é importante. Esse, inclusive, era um dos sonhos de Freud e Lacan.

O que se passou com o Felipe se passou com uma pessoa milionária com todos os recursos possíveis para lidar com suas questões, mas e quando esta mesma crise atinge outras pessoas com menos recursos? Por essa razão, vejo como essencial o fato de ele, conscientemente ou não, utilizar sua influência para ajudar a expandir a discussão sobre a Psicologia e transtornos mentais.

Sobre o ataque de pânico sofrido pelo Felipe, lembro de um conselho simples, mas muito eficaz dado pelo psicanalista Contardo Calligaris: em casos como esse, foque no presente, lembre de onde está, qual seu nome e o que você faz. E tenha um chocolate sempre a mão. As pulsões orais agradecem.

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Você pode ler a notícia completa do UOL que deu origem a essa newsletter por meio deste link.

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